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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Peugeot RCZ



A Peugeot já projetou motores para a F-1 e construiu carros que venceram no Mundial de Rali e em provas de longa duração como as 24 Horas de Le Mans. Com um currículo desses, faltava-lhe no portfólio um legítimo representante no mundo dos esportivos. Aqueles com formas exuberantes e ronco instigante, que fazem virar cabeças e acelerar corações. Pois não falta mais: o cupê RCZ, lançado na Europa no início deste ano, será apresentado no Brasil durante o Salão do Automóvel. A previsão da marca é que as primeiras unidades desembarquem nas concessionárias nacionais no início do segundo semestre de 2011, com um plano ambicioso: seduzir clientes que hoje compram o Audi TT, há 12 anos o incontestável rei desse segmento.
Para chegar lá, o RCZ não esconde que copiou receitas que deram certo no rival alemão. Os engenheiros da Audi usaram a mesma plataforma do VW Golf para fazer seu cupê? Pois os franceses também partiram da base mecânica de um carro menos badalado (e mais barato) – no caso, o hatch 308. Assim como a concorrência, os franceses fizeram uma radical mudança de estilo, que usou com competência recursos de design como o perfil de teto em curva e os contornos elegantes. Só que o recém-chegado RCZ radicalizou o conceito, com detalhes como os dois arcos, que lhe dão um toque de modernidade, bem como o enorme para-brisa, os faróis e lanternas bem desenhados e o teto de fibra de carbono.

Ligeiramente maior que o TT (tem 4,29 metros de comprimento, 10 cm a mais, com 2,61 de entre-eixos), o RCZ acomoda bem seus dois passageiros. Há até um pequeno espaço adicional para bagagens ou duas crianças, no banco de trás. E ainda sobra espaço para um porta-malas de 359 litros, bem razoável para um cupê. Na versão mais equipada, os bancos, portas e painel são revestidos de couro e há capricho nos detalhes (como o relógio analógico entre as entradas de ar no painel, o porta-luvas refrigerado, os pedais de alumínio esculpido e os sensores de estacionamento), acabamento de primeira e um bom sistema de som, com CD player, entrada para iPod, MP3 e USB.

Pelas estradas rumo a Barbizon, nos arredores de Paris, deu para sentir a agilidade dos 200 cv do motor 1.6 turbo que trabalha em sintonia com um bom câmbio manual de seis marchas, com engates curtos. Seu comportamento é nervoso, como se espera de um esportivo desse porte. Segundo a fábrica, ele pode cravar 231 km/h de velocidade máxima e arrancar de 0 a 100 km/h em 7,6 segundos. Calçado sobre largos pneus 235/45 R18, com suspensão mais rígida e bem vigiado por controles de tração e estabilidade, ele oferece um estilo de guiar mais arisco.

É verdade que falta um pouquinho de potência ao cupê da Peugeot para bater o líder da categoria. No confronto com um TT 2.0 de 203 cv, o RCZ anda menos – o alemão vence no 0 a 100 km/h, com 6,7 segundos. Quando o assunto é velocidade máxima, os dois praticamente empatam: 235 km/h para o TT, só 4 km/h a mais do que o RCZ. Porém, se no cronômetro o francês leva desvantagem, ele dá um banho no preço. Na Europa, um RCZ custa 30 500 euros, quase 7 000 euros menos que um TT 2.0. No Brasil, estima-se que ele fique entre 150 000 e 160 000 reais, contra os 200 000 reais de um TT básico. Se essa diferença se confirmar, será um trunfo e tanto para este Peugeot bancar sua aposta e se transformar em uma alternativa para quem quer um cupê esportivo bonito e emocionante, mas não quer pagar o alto de preço de uma marca de luxo.

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